Sempre me interessei por artesanato. Aliás, parece que é um mal de família. Minha mãe era exímia bordadeira (vocês poderão constatar isso quando eu postar aqui alguns de seus trabalhos). Aprendi a bordar ponto cruz quando era ainda menina e faço isso até hoje (há mais de 50 anos), além de bordar “needle point” e fazer alguns outros trabalhos manuais. Um dos meus irmãos, engenheiro, gosta de trabalhos com madeira, entalhes e faz isso muito bem. Meu marido, professor de educação física aposentado, sempre gostou de trabalhar com madeira – nos últimos anos tem feito belas peças com palitos de bambu (de churrasco) e trabalhos em marchetaria. A família foi aumentando e vieram outros artesãos ... bem isso vocês poderão ver à medida em que eu for postando aqui.

Decidi mostrar neste blog uma família de artesãos, que não vive de artesanato, mas sempre está envolvida com esse trabalho.

Entrem e se divirtam conosco.

Podem deixar seus comentários, que serão sempre bem vindos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Grupo escolar - quanta saudade!

Há bastante tempo eu não coloco nenhum trabalho do Mazinho (Edimar Jardim), meu cunhado. Estive lá em Goiás no final de fevereiro e vi que a produção de casinhas está aumentando. Já dá pra montar uma pequena cidade (rsrsrs).
Aqui é uma réplica do Grupo Escolar 19 de Março, onde ele estudou, e também o meu marido, nos anos 1950. O legal dos trabalhos é que sempre retratam um lugar que fala ao coração dele.


Olhando pra isso me deu uma "baita" saudade do meu Grupo Escolar Maria Tereza, em São João del-Rei, MG. O prédio era um sobradão e havia duas escadas: uma interna, de assoalho encerado e corrimão de ferro, a outra de alvenaria, que dava diretamente para o páteo.  As salas de aula eram também assoalhadas, com grandes janelas com venezianas por onde adentrava muita claridade e ventilação. Tinham cortinas de algodão brancas para os dias de sol. Havia árvores, jardim, um belo páteo cujo muro dava para os fundos da Igreja de São Gonçalo, com seu cemitério - bem pequena, aos 7 anos, eu ficava com as amigas olhando pelo muro para ver se via algum fantasma (santa ingenuidade!). Havia os funcionários necessários e ótimas professoras e professores (eu me lembro mais de D. Mercês Azevedo, mestra dedicada que me ensinou a ler e escrever). Tudo era limpo e organizado e a diretora estava sempre presente. As carteiras tinham pés de ferro parafusados ao chão e serviam a duas crianças cada, com seus bancos e encostos em madeira ripada. Eram envernizadas e embaixo tinham uma prateleira onde colocávamos o material: livros, cadernos etc.
Há muitos anos não vou lá, mas uma amiga me disse que ele está agora desativado. Que pena! Muitos sanjoanenses ali estudaram e ele merece uma restauração.

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