Sempre me interessei por artesanato. Aliás, parece que é um mal de família. Minha mãe era exímia bordadeira (vocês poderão constatar isso quando eu postar aqui alguns de seus trabalhos). Aprendi a bordar ponto cruz quando era ainda menina e faço isso até hoje (há mais de 50 anos), além de bordar “needle point” e fazer alguns outros trabalhos manuais. Um dos meus irmãos, engenheiro, gosta de trabalhos com madeira, entalhes e faz isso muito bem. Meu marido, professor de educação física aposentado, sempre gostou de trabalhar com madeira – nos últimos anos tem feito belas peças com palitos de bambu (de churrasco) e trabalhos em marchetaria. A família foi aumentando e vieram outros artesãos ... bem isso vocês poderão ver à medida em que eu for postando aqui.

Decidi mostrar neste blog uma família de artesãos, que não vive de artesanato, mas sempre está envolvida com esse trabalho.

Entrem e se divirtam conosco.

Podem deixar seus comentários, que serão sempre bem vindos.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Lembrando o Rio São Francisco

Mais um trabalho em madeira feito pelo meu marido, Erasmo. É a reprodução de um barco que navegava no Rio São Francisco: os barcos eram chamados de gaiolas e transportavam passageiros, cargas. Esta foi confeccionada a partir de uma foto que encontrou em revista. Ele utilizou madeira, palitos de churrasco, palitos de picolé.


Todas as partes externas são cobertas em marchetaria. Nas fotos dá para ver o leme aí em cima.


Reparem na carranca, que ele esculpiu para colocar. O barco foi batizado de Mariana (homenagem à netinha), nome gravado com pirógrafo no lado.

Hoje em dia, por causa das barragens e poucos trechos do rio são navegáveis. Vejam que gostoso o pequeno poema de  Zélia Figueiredo Nogueira intitulado

"Ao meu querido rio"

Meu velho Chico, como é doce recordar
mesmo sentindo um aperto aqui no peito!
Mudaste tanto... Te inventaram barragem.
Mudei também, Chico:
Cadê as meninas do internato?
Cadê os gaiolas
para eu te visitar de Juazeiro a Pirapora?
Cadê, Chico?!

2 comentários:

  1. Seu marido é mesmo um artista, Irene! Que perfeição! Pelo jeito a busca pela perfeição permeia os trabalhos da família toda!
    Aquela casinha que aparece no cabeçalho é trabalho dele, né? Amo casinhas! Está mais que fofa!
    Não comentei no post sobre restauração de fotografias, mas minha mãe vai amar ver esse seu trabalho. Ela sempre diz que gostaria de ter trabalhado com restauração, especialmente de livros, ao longo da vida.
    Foi ótimo passar por aqui. Vi trabalhos encantadores!
    Abraço,
    Jussara
    http://minasdemim.blogspot.com

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  2. Boa tarde Jussara,parabéns a Erásmo pelo trabalho magnifico dele!Ele precisa vir expor os trabalhos dele aqui em Juazeiro na ACAJ.Pois, Juazeiro, agradece junto ao velho Chico por uma arte tão precisa e saudosa ainda temos nossas barquinhas onde transitamos o nosso Chico todos os dias seria ótimo Erasmo faze-las.Abraços.Aldda Moreiras

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